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27/08/2018 Revista PEGN.
Para Sérgio D’Urso, 34 anos, as roupas sempre foram uma forma de mostrar o seu estilo de vida. Quando era mais jovem, ele trabalhava na loja de vestidos de noivas que era de sua família. “Eu gostava do universo da confecção e de poder criar produtos, mas não para noivas. Queria algo mais a ver comigo”, conta.
A venda de roupas de porta-em-porta foi uma tradição muito forte em Barra Mansa, e muitas lojas da cidade nasceram a partir deste negócio.
Alguns podem dizer que isso anda meio fora de moda, mas em São Paulo o empresário Sérgio D'Urso prova que uma boa dose de inovação e disposição pode render muito. Confira na matéria publicada pelo portal da revista PEGN.
D’Urso, que é formado em Publicidade, trabalhou por um tempo em uma agência na área de redação e criação. “Esse tempo de agência me deu um insight porque vi que não queria fazer aquilo para o resto da minha vida”, diz D’Urso. Foi então que ele decidiu criar camisetas em seu tempo livre.
Ele começou criando cinco estampas, com 50 unidades cada, e divulgou em um evento para amigos e familiares. “Fiz a coleção com tanto carinho que vendeu tudo. E não só vendeu como o pessoal usava, não apenas para me prestigiar. Eles realmente gostavam”, conta D'Urso. As camisetas tinham um preço de custo de R$23 e eram vendidas por R$50. “Eu vi que fazia sentido investir”.
O empreendedor, então, abriu uma loja na Vila Madalena, chamada Seal Brasil. Nela, D'Urso passou a vender todos os tipos de roupas focando no público masculino. Mas foi quando um vendedor da loja pediu para levar roupas para um cliente ver em casa que o negócio mudou de rumo.
“O cliente comprou quase todas as roupas e eu percebi que era algo rentável. O Brasil estava entrando em crise e já se discutia se loja física era um modelo que valia a pena”, afirma D’Urso. “Eu sabia que o público masculino tinha resistência em ir até as lojas comprar roupas.”
Hoje o serviço de malas com roupas em casa é o ponto forte da marca. O cliente diz qual é o seu estilo ou as peças que gostaria de receber e, após um ou dois dias, um vendedor vai até sua casa com os produtos. D’Urso conta que saem entre 10 e 12 malas por dia para casas na Grande São Paulo.
Investimento em confiança:
O empreendedor destaca que o serviço de malas não tem custo para o cliente. “Trabalhamos com liberdade e confiança. O cliente tem o direito de receber a mala em casa e não comprar nada. E confiança porque a gente não pede nada em troca para levar”.
Mesmo sem ter a garantia de vender as roupas, D’Urso garante que o negócio é lucrativo e gerou R$111 mil só no último mês e R$1 milhão no último ano. Com este serviço a domicílio, um investidor decidiu entrar no negócio, que forneceu uma kombi para entregar as roupas.
Para divulgar as malas, D’Urso montou um quiosque no Shopping Villa Lobos. “Eu fui quebrando a cabeça sobre como expressar o nosso conceito de conexão com a natureza em um quiosque e decidi fazer um espaço para meditação”. A pessoa que visitar o quiosque pode ficar até cinco minutos em meio a um jardim ouvindo música.
Os clientes também podem comprar as camisetas no próprio quiosque, que fatura cerca de R$ 60 mil por mês em vendas.
Com o crescimento da marca, D’Urso também apostou no público feminino, que agora corresponde a cerca de 30% dos clientes. Com isso, mais casais começaram a encomendar malas para que seus parceiros pudessem escolher roupas para ganhar de presente.
Por Carina Brito, Portal PEGN.
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