De acordo com uma pesquisa do Sebrae, 77% dos pequenos negócios no Estado do Rio tiveram reajustes em algum custo no mês de maio-junho. Na conta, entra aumento nos valores de insumos, mercadorias, combustíveis, aluguéis e energia. Apenas 18% conseguiram permanecer com as mesmas despesas. É o que aponta o estudo para entender como acréscimos são sentidos no bolso do consumidor.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Barra Mansa, Gleidson Gomes, a situação dos pequenos negócios em Barra Mansa tem sido desafiadora diante dos constantes reajustes de custos, principalmente nos supermercados. “O comércio em geral tem buscado repassar esses aumentos de forma mais gradativa, mas infelizmente não temos muita margem de manobra. Quando os custos sobem, é preciso repassar para o consumidor. É uma realidade difícil, mas é assim que funciona”, cita.

Ele fala que o aumento dos custos tem sido um grande obstáculo enfrentado pelos pequenos negócios, e cada empresa precisa avaliar seus próprios custos e definir até onde consegue resistir. “Nesse sentido, como entidade, a CDL Barra Mansa tem desempenhado um papel importante ao apoiar nossos associados na movimentação de campanhas, principalmente aquelas voltadas para promoções. Utilizamos ferramentas e marketing gratuitos para divulgar ações promocionais relacionadas a datas comemorativas e outras iniciativas que impulsionam o comércio local. Essas ações ajudam a despertar o interesse nas compras, mostrando o que temos a oferecer na cidade e, consequentemente, impulsionando as vendas e atraindo mais pessoas para as ruas”.

A PESQUISA

Segundo o gerente de Atendimento do Sebrae Rio, Leandro Marinho, das empresas pesquisadas, 49% não repassaram o reajuste aos clientes; 38% fizeram esse repasse de forma parcial e 12% transferiram totalmente esse valor para os seus consumidores. “É importante que o empreendedor tenha conhecimentos dos custos e os gastos relacionados ao produto. O plano de negócios é o instrumento ideal para traçar um retrato do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. Esse documento sempre precisa estar atualizado, onde o empreendedor identificará os pontos fortes e fracos, contribuindo para a melhoria da gestão de empresa”, analisa.

Ele ainda destaca que além do aumento de custos, a falta de clientes e as dívidas são as principais dificuldades enfrentadas pelos pequenos negócios no Rio de Janeiro. “É preciso ter uma análise profunda da sua empresa. Entender o seu cliente, a concorrência, fornecedores, produtos e serviços oferecidos. O plano de negócios não elimina riscos, mas ajuda a diminuir”, complementa Leandro.
 

Fonte A Voz da Cidade