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30/07/2018 CDL Barra Mansa
A questão dos moradores de rua é um dilema humanitário. É impossível não se sensibilizar com as difíceis condições de vida em que algumas pessoas se encontram nas grandes cidades, muitas vezes envolvidos também por questões ligadas à dependência química ou mesmo a sérios comprometimentos psicológicos.
Prestar auxílio, contudo, pode não ser tão difícil quanto se parece, mas é muito importante saber como proceder.
Não dê esmolas:
Segundo profissionais que se dedicam ao apoio aos moradores de rua, tudo começa pelo ato de não dar esmolas. Sim, a atitude até corta o coração às vezes, mas estes profissionais têm dificuldade em levar os moradores de rua aos centros de auxílio. A esmola neste caso acaba tendo efeito reverso: Serve como incentivo a permanência nas ruas, abrindo portas para um comprometimento ainda mais grave nos casos de dependência química, violência urbana e distúrbio psicológico aos quais estas pessoas estão expostas.
Quando se oferece dinheiro ou alimentos, cria-se a oportunidade para que esta condição de miséria perdure. No caso do dinheiro, o risco é ainda mais sério pois permite também a aquisição de álcool ou drogas no caso dos dependentes.
Quando falta alimento nas ruas, o morador de rua se vê obrigado a procurar as instituições de apoio. Sim, elas existem em Barra Mansa, e é aí que a ajuda de verdade começa.
Instituições de apoio em Barra Mansa
Em Barra Mansa, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos mantém o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, conhecido com Centro POP.
O centro funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, na Alameda Vanazzi, nº 450, no bairro Ano Bom. Uma das transversais da Av. Presidente Kennedy. Auxilia a população de rua com vários serviços como suporte na emissão de documentos, inserção no mercado de trabalho, oficinas e grupos de convivência que são de muita valia no resgate da autoestima destas pessoas. Além disso, servem refeições e disponibilizam banheiros para banho e higiene pessoal. A equipe de apoio conta com 12 profissionais entre psicólogos, pedagogos e assistentes sociais.
Segundo o centro POP, a maioria dos atendidos sofre com dependência química, transtorno mental, desemprego ou conflito familiar.
Para o pernoite, os moradores são encaminhados para os abrigos tradicionais da cidade como o SOS, Lar de Jesus e Lar de Maria.
Em suma, o atendimento multidisciplinar oferece suporte ao indivíduo em todo o resgate de sua cidadania, não apenas matando a fome ou protegendo contra o frio.
Sopão ou agasalhos? Ajude as instituições de apoio!
Muitas instituições religiosas canalizam a boa vontade e disposição de seus fiéis e também desenvolvem atividade de suporte à população de rua. Contudo, quando este apoio oferece alimento e agasalhos nas ruas, como nos tradicionais “sopões semanais”, é o mesmo dilema. Atende-se à uma necessidade momentânea e, consequentemente, contribui para sua permanência em condição de miséria.
Uma dica muito valiosa neste sentido é: Continue ajudando e faça isso em parceria com as instituições de apoio como o Centro POP, o SOS ou os lares de Jesus e Maria.
Quando o morador de rua precisa ir até estes centros para receber a sopa ou o agasalho, os profissionais de apoio têm acesso direto a ele. Esta aproximação é fundamental para o resgate multidisciplinar que não só sacia suas necessidades imediatas, mas também constrói uma nova oportunidade de futuro para cada um.
Assim, canalizando a boa vontade de todos para um objetivo comum, o verdadeiro apoio torna-se mais forte e cada vez mais efetivo.
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