Na manhã desta quarta-feira, dia 08 de abril, representantes das entidades empresariais de Barra Mansa participaram do programa Manhã Sul Fluminense, na Rádio Nova Sul Fluminense. Eles abordaram a preparação dos empresários para abertura do comércio no dia 13 de abril, após o fim do prazo do decreto municipal que fechou as lojas por conta da pandemia do novo coronavírus.
Participaram do programa os presidentes da CDL BM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Barra Mansa), Leonardo dos Santos; Bruno Paciello, da ACIAP BM (Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e Prestadora de Serviços); Hugo Tavares, do Sicomércio BM (Sindicato do Comércio Varejista) e Arivaldo Mattos, do CODEC BM (Conselho de Desenvolvimento Econômico).

“O prazo do decreto foi determinado – de forma consciente e prioritária – pelo poder público, pois era o momento de preparação do governo frente ao combate à nova pandemia. Isso foi acatado por todos nós, com bom senso e equilíbrio, diante da situação inédita que o país enfrenta. No entanto, é com esse equilíbrio que agora vemos a necessidade de voltar a funcionar”, destacou Leonardo, ressaltando a importância da união de todas as esferas nesse sentido, a favor da vida e dos empregos.

Os presidentes relembraram que cerca de 90% do comércio da cidade são formados por pequenas e médias empresas. A maior parte deste percentual conta com os donos trabalhando diariamente nos balcões, frente a frente com o consumidor. O setor comercial é responsável pela maior geração de emprego e renda no município, mas a sobrevivência de muitas empresas está ameaçada.

Os registros, segundo eles, já apontam em torno de 1 mil demissões no comércio de Barra Mansa.

Ainda assim, as empresas têm buscando formas de manter seus negócios vivos e os milhares de empregos ativos por meio de atendimentos em televendas, delivery e contatos com suas cartelas de clientes.

“Estamos recebendo muitos retornos de comerciantes e comerciários que estão lutando para vender. Um depoimento que recebi de um vendedor de uma grande rede varejista de Barra Mansa me emocionou e me deixou ainda mais preocupado. Pois mesmo de casa, fazendo suas vendas pelo whatsapp, ele revelou que essas não chegam nem a 2% comparadas às vendas normais nas ruas. Isso preocupa e nos mostra que devemos agir”, relatou Bruno.

“Estamos estudando estratégias para nosso setor. Pensamos em uma abertura gradual com responsabilidade, olhando a realidade de cada bairro. A abertura do comércio nos bairros é importante para evitar o fluxo maior de pessoas no centro. Tem que ter uma estratégia para abertura. Este mês, por exemplo, os empresários fizeram seus esforços para pagar os salários. A nossa preocupação é como será o mês que vem se os empresários não estão trabalhando?”, questionou Arivaldo.

“Um dia de comércio fechado não se recupera. Essa é hora em que precisamos ter ainda mais união e cautela. E, por isso, estamos nos preparando para que todos organizem suas rotinas sanitárias nas lojas e instruções junto aos seus colaboradores. E, claro, a conscientização da população para seguir as medidas de proteção. Ir à luta de forma segura e consciente”, afirmou Hugo.
Em suas ações, as entidades estão se planejando para repassar às empresas da cidade todas as medidas importantes no combate ao coronavírus, tais como: limpeza das calçadas com cloro; disponibilidade para o consumidor lavar as mãos com sabão; utilização de álcool gel e uso de máscaras; bem como o funcionamento com equipe reduzida devidamente preparada para o atendimento seguro com máscaras e luvas.

“Precisamos mais do que nunca fazer a nossa parte a favor da vida e dar a nossa contribuição para que a economia se restabeleça em nossa cidade”, finalizou Leonardo.