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06/01/2020 Sistema CNDL | SPC Brasil
Não é de hoje que o mercado financeiro avisa: para ter maior rentabilidade nos investimentos, tem que arriscar. A nova era de juros baixos no Brasil faz com que o investidor precise buscar novos produtos para manter seus investimentos com uma remuneração satisfatória.
Diante desse cenário, uma coisa é certa: qualquer aplicação tem riscos e nem sempre é possível fugir deles, mas é necessário conhecê-los.
A promessa de investimentos com retorno financeiro muito acima da média, obtido de forma rápida e sem burocracia, pode levar investidores menos cuidadosos a optar por modalidades que, na prática, acabam se revelando fraudulentas.
Essas modalidades fraudulentas podem acontecer de diversas formas, seja por ofertas de operadores de mercado não registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seja de empresas de seguro de fachada ou até mesmo falsos corretores que vendem ações inexistentes. Em todos os casos, dois fatores costumam andar juntos: o excesso de confiança e a ingenuidade do investidor – motivada por grandes ganhos financeiros de maneira fácil e não praticada no mercado.
De acordo com a pesquisa “Fraudes em Investimentos no Brasil”, feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 11% dos entrevistados já perderam dinheiro em esquemas fraudulentos e seis em cada dez vítimas ainda não recuperaram a quantia.
Apesar dos riscos, é possível, sim, realizar investimentos seguros e rentáveis com total autonomia. Para isso, é fundamental que o investidor fique atento a algumas medidas preventivas.
Não existem milagres financeiros
Promessas de rentabilidade fixa e de retorno garantido devem ser analisadas com extrema cautela, pois podem ser indicativas de golpe ou propaganda enganosa. A suspeita deve ser ainda maior quando são oferecidas taxas de retorno pouco usuais, muito acima da prática comum do mercado. Nessas situações, o investidor deve estar ciente de que, mesmo se for um investimento verídico, a chance de alta lucratividade não existe sem riscos elevados.
Pirâmides são financeiramente insustentáveis e sempre dão prejuízo
O objetivo dos esquemas de pirâmide é captar recursos de pessoas ou grupos a partir da venda de bens ou serviços, garantindo bônus altíssimos para quem indicar novos integrantes. O primeiro indício de que algo pode estar errado é a cobrança de taxas de adesão, que geralmente são usadas para bancar uma parte do negócio. O melhor meio de não cair nesse golpe é saber identificar o mecanismo de atuação: promessa de retorno rápido e muito expressivo, necessidade de pagar para fazer parte do grupo e pedidos insistentes para que o investidor convide amigos e familiares, com a contrapartida de ganhar comissão.
Seguradoras e fundos de aposentadoria: não pague taxas e despesas antes de averiguar as informações
Os golpes de seguradoras e dos fundos de aposentadoria funcionam sob o mesmo princípio: seduzir a pessoa ao dizer que ela terá direito a receber uma quantia significativa, assim que as respectivas despesas de administração forem pagas. A maneira de se proteger nesses casos é averiguar todas as informações e a procedência da empresa de seguros, bem como a existência de ação judicial relacionada ao fundo de aposentadoria; essas informações são públicas e podem ser acessadas por qualquer pessoa junto a órgãos como o Ministério Público.
Mesmo se a indicação vier de um parente ou amigo, verifique antes de aderir ao investimento
Investir demanda estudo e atualização permanente. Mesmo que um parente ou amigo bem-intencionado convide o investidor para uma “oportunidade imperdível”, é fundamental informar-se a respeito, atestar as garantias oferecidas e checar o histórico do investimento antes de assinar contratos. Decisões tomadas apenas na base da empolgação e da confiança raramente dão resultados positivos quando se trata de investir.
Foi vítima de fraude? Busque ajuda especializada
Há diversos sistemas de apoio e proteção ao investidor, como o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP), oferecido pela Bovespa e que garante até R$ 120 mil de indenização em casos de omissão ou ação criminosa de operadores na bolsa. O investidor tem 18 meses para apresentar a reclamação junto à Bovespa e não precisa pagar taxas ou valer-se da intermediação de um advogado ao utilizar o MRP. Além disso, existe a Ouvidoria do Mercado de Valores Mobiliários da CVM, disponível para consultas, dúvidas, denúncias e reclamações. O atendimento pode ser feito presencialmente, por telefone ou pela internet. Finalmente, o investidor pode buscar a ajuda dos órgãos de defesa do consumidor (como o Procon) e do Poder Judiciário para fazer valer seus direitos.
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