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Eu Lojista: Sucessão familiar é quando os negócios crescem junto com a família.

Ícone - Data de Publicação 03/10/2018      Ícone - Autor André Oliveira - CDL Barra Mansa



Foto - Eu Lojista: Sucessão familiar é quando os negócios crescem junto com a família.

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Os pais constroem um negócio de tradição ao longo de décadas na cidade. No início os filhos participam timidamente da loja, em seguida ocupam funções e importantes lugares na empresa e, quando crescem, o choque entre gerações é inevitável. O enredo é simples, mas a solução não, e ocorre em quase toda família de lojista. O casal, Rafaela Maia e Leandro Almeida, contudo, trazem uma experiência valiosa a este respeito.

 

Rafa cresceu na Adaílton Joias. Junto aos seus pais e irmãos, construíram uma das mais tradicionais distribuidora (ou revendedora) de joias, semijoias e folheados do Sul Fluminense. Foi de repente que a família cresceu. A loja era grande para abraçar a todos, mas haveria espaço para o conflito de ideologias?

 

São inúmeros os casos de empresas que tiveram seu fim no período de sucessão. Os dilemas entre o velho e o novo, a experiência e a impetuosidade, a segurança e o risco, misturados aos conflitos inerentes a toda família podem abalar a essência de uma empresa

 

Rafa é uma pessoa muito dedicada ao trabalho, de perfil metódico e comprometido com detalhes. Com o tempo encontrou o lugar no qual estas características são importantes na loja dos pais e percebeu que, em cada família, há membros com potenciais e deficiências muito distintas: “O segredo pra o sucesso talvez seja encontrar onde cada um se encaixa e respeitar o lugar do outro.” – destaca Rafa.

Pouco depois, Leandro – marido de Rafaela (André, achei importante voltar a falar pois para quem não conhece pode achar que é irmão, primo...né?) chegou trazendo um pouco de impetuosidade, desejo de empreender, mas, em contrapartida, a ponderação também. Essa mistura fez nascer novos negócios: A Rafa (a loja é a Rafa?) e a Thaís Joias e Acessórios, na cidade de Volta Redonda. Este foi um ponto chave para o sucesso: “As lojas que abrimos juntos alcançam um nicho de nosso segmento que não era coberto pela Adaílton Joias. Assim, conseguimos agregar toda a experiência acumulada no setor e atingir novos públicos, sem gerar concorrência direta com os outros negócios da família.” – sinaliza Leandro.

 

Neste cenário, encontraram a alternativa ideal. Rafa continua nos negócios junto à família e trouxe também a eles suas características. E ao lado de seu marido, Leandro, conduz seu pequeno “laboratório”. Duas empresas independentes em que o “acertar” e “o errar” não geram um conflito de família. Se este foi um grande acerto, o maior erro foi não reservar o capital de giro suficiente para cobrir as empresas em seu início.

Mas, além destes, quais foram os principais frutos desta experiência?

 

Comunicação levada a sério:

 

A maioria das pequenas empresas investe em comunicação de maneira pontual apenas. Pequenos ou até maiores investimentos em datas específicas ou quando a loja precisa aumentar momentaneamente as vendas. Rafa e Leandro fazem diferente. Investem de forma ponderada, mas constante. Com isso, a marca da empresa ganha espaço no mercado: “Com mídia televisiva e redes sociais, estamos alcançando ótimos resultados. Ganhamos muita visibilidade tanto na região quanto em outros estados.”

Além disso, os influenciadores de público são bem importantes: “O público fica de olho no que blogueiras e atrizes estão usando. Estamos sempre atentos a estas tendências e o resultado é excelente.” - destaca a empresária.

 

Gestão profissionalizada e a dificuldade em capacitar mão- de- obra:

 

Outro ponto que requer cuidado é a gestão de equipes. Com centenas de revendedoras espalhadas por diferentes cidades, a comunicação entre elas, a cadeia de abastecimento, trocas e atendimento para cada uma é uma operação repleta de pontos sensíveis. A informatização e padronização tão comuns na indústria se fazem necessárias aqui. De forma mais leve, para não perder a agilidade de uma pequena empresa, mas não menos profissional.

 

Daí surge um novo desafio: Capacitar a mão-de-obra para tanto.

 

“Percebo que é relativamente baixo o investimento em cursos de capacitação em nossa região. Seja por parte das empresas, seja pelos próprios profissionais. Assim, é difícil encontrar pessoas aptas que se interessam em trabalhar no comércio. Talvez pela cultura industrial da região, onde os trabalhadores visavam sempre as grandes empresas como fonte de melhores salários e benefícios. Mas isso se transformou. Hoje vejo que o comércio, além de ser um dos maiores empregadores, também oferece ótimos salários e benefícios. É preciso que esta cultura se transforme também.” – pontua Leandro.

 

Seríamos mais forte se fôssemos mais unidos:

 

“Vejo entre os pequenos empresários um ambiente bem competitivo. Muitas vezes, mais do que precisa. Acho que precisamos também amadurecer como empreendedores neste sentido. Raramente vejo os empresários trabalhando em conjunto e a busca cega em ‘querer vender mais que o outro’, mesmo tendo prejuízo em seu negócio, canibaliza o mercado.  Exemplos assim ferem as empresas e sua saúde financeira, mas deixam também expostas uma ferida em nossa classe: A falta de união.  Eu penso totalmente diferente. Acho que todos possuem seu espaço no mercado e as dificuldades do mercado e a burocracia no Brasil já são, por si só, obstáculos suficientes para uma empresa superar. Se trabalharmos em conjunto, nos fortalecemos, amadurecemos nosso segmento de negócio, oferecemos mais opções para diferentes perfis de público e o resultado melhor para todos.”

 

As colocações dos empresários Rafaela e Leandro, neste sentido, trazem à tona uma discussão importante. Especialmente em período eleitoral.
Afinal, se as pequenas empresas geram cerca de 60% do total dos empregos existentes no país, por que sua representação nos parlamentos federais e estaduais são insignificantes quando comparada com segmentos muito menores como o setor ruralista, da indústria automobilística, das armas e até mesmo das igrejas?

 

Rafa e Leandro vivem agora uma nova experiência empreendedora, a chegada de seu primeiro bebê. Dividindo o tempo entre a empresa e o coração, estão criando uma nova história de sucessão, e assim terão a oportunidade de, agora, vivenciar o outro lado da moeda.
Quais experiências eles passarão adiante? Terão eles os mesmo receios e inseguranças da família?  
As respostas somente o futuro e a Melissa – é uma menina! – poderão dizer. 





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